Overlord vol. 5 Capítulo 1 - Os sentimentos de um Garoto

Overlord vol. 5 

Capítulo 1

Os sentimentos de um Garoto

Parte 1

Mês, Baixo Fogo (9° mês), Dia 2, 23:30

O homem acendeu a lanterna pendurada em sua cintura. O óleo especial então deu origem a uma chama verde que tingia os arredores com uma tonalidade sinistra.


Ele saiu, sentindo o intenso calor dentro de seu corpo. Embora o homem tivesse uma expressão amarga, isso era o minimo que ele poderia fazer para a atual temporada. Mesmo se o sol não estivesse alto, neste momento do dia, todo o Reino estava úmido por causa do calor. Com isso dito, o pior de tudo era supostamente ter de suportar esses dias ate a chegada progressiva do frio. Nem mesmo o menor sinal de frio poderia ser encontrado em qualquer que fosse o local.


"Cara~ está quente hoje também."


"Sem brincadeiras. Eles dizem que é suposto ser mais frio, um pouco ao norte, próximo do mar ".


O parceiro do homem para a noite, disse em resposta a seus resmungos.


"Se chovesse esse calor poderia ser aliviado um pouco."


Ele olhou para o céu enquanto falava, mas via apenas o céu limpo sem nenhum traço de nuvens avista, e muito menos nuvens de chuva. As brilhantes estrelas acima, eram uma visão familiar do céu noturno.


"Sério, eu gostaria que tivéssemos uma boa ventania... Bem, vamos começar a trabalhar."


Os dois homens tinham um ar sobre eles que dificilmente poderia ser de moradores comuns. Primeiro eram seus equipamentos. Uma longa espada em sua cintura e uma armadura de couro- seus equipamentos eram excessivamente elevados para uma milícia de aldeia. Não só isso, os seus rostos e corpos não pertenciam a aqueles que trabalhavam nos campos. Em vez disso, eles passavam uma aura perigosa, de pessoas experientes em violência.


Os dois homens entraram na aldeia sem trocar uma única palavra.


Silenciosos sob a escuridão, os únicos sons que podiam ser ouvidos na aldeia eram seus passos. Uma verdadeira cidade fantasma. Com grandes avanços, os dois homens calmamente atravessavam aquela atmosfera assustadora. A compostura deles era uma prova de que isso era uma rotina.


A aldeia que esses homens estavam atravessando era cercado por muros altos e até mesmo com um olhar superficial, podia-se ver seis torres de vigia. Era difícil encontrar tais fortes fortificações mesmo entre as aldeias de fronteira, onde os monstros eram mais propensos a aparecer.


Ao invés de chamá-la de uma aldeia, era mais preciso de descrevê-la como uma base militar.


Embora mesmo com tudo isso, um terceiro poderia ver a aldeia simplesmente como apenas mais uma vila com um forte esquema de segurança. No entanto, a cena que se seguiria mais afrente os faria franzir as sobrancelhas.


Isso e o quanto peculiar seria a visão que se seguiria. Normalmente, uma parede abrangeria os edifícios residenciais ou armazéns, enquanto os campos estariam espalhados pelo lado de fora. Arar os campos dentro dos muros exigiria uma quantidade incrível de trabalho, a fim de cercar toda a vasta terra. No entanto, esta aldeia estava rodeando a relva verdejante que balançava ao vento e estava guardando-na como se fossem feitas de ouro.


O homem que estava caminhando naquela cidade excêntrica sentiu os olhos de alguém sobre ele vindo de uma das torres de vigia. Na realidade, deveria ser um de seus companheiros equipado com um arco. Se algo viesse a acontecer, ele poderia receber ajuda agitando a lanterna acima de sua cabeça.


Considerando a habilidade de seu companheiro com o arco, ele iria lhe ajudar com um 'fogo de cobertura'. Em vez disso, apenas tocando a campainha para despertar os outros era tudo que precisava para se sentir seguro.


Obs.: Fogo de cobertura acontece quando um soldado precisa avançar ou recuar sob fortes tiroteios ou inimigos. Um amigo ao seu lado então ira inicia um ataque afim de desviar a atenção do inimigo e assim permitir a seu aliado recuar ou avançar.


Mas se ele usasse acidentalmente o sinal, ele teria que sofrer as consequências de seus companheiros que estavam dormindo. Apesar disso, o homem estava pronto para agitar a lanterna assim que ele sentisse a menor das suspeitas.


Afinal, ele não queria perder a sua vida.

Com isso dito, era duvidoso que uma situação deste tipo fosse acontecer. Ele repetiu este mesmo trabalho durante os últimos dois meses e iria continuar a fazê-lo no futuro.

Quando ele havia feito exatamente metade do caminho de sua rota de patrulha, algo parecido com uma cobra atacou a boca do homem. Não, não era uma cobra. A única coisa que tinha fechado a boca do homem e não se mexia era um tentáculo de um polvo.

Seu queixo foi forçado para cima e em seguido sentiu uma dor aguado no pescoço exposto. Tudo até este ponto nem sequer levou um segundo.

Um ruído de algo sendo sugado vinha de seu pescoço.

Era o último som que o homem ouviria em sua vida.

A mão que estava sobre a boca do homem liberou seu aperto. Suas costas, apoiadas por trás de modo que seu corpo não caísse. Depois de confirmar que a lâmina tinha absorvido o sangue, a arma mágica, 'Lamina Vampírica' foi removida.

A única abraçando o homem por trás era uma figura coberta por um traje preto. Além dos olhos, todo o rosto estava escondido e todo o corpo estava coberto de roupas pretas. O tecido em si era feito de pano, mas as luvas e as caneleiras nos braços e nas pernas aumentavam a sua defesa. Mesmo no peito, ela estava vestindo uma placa de metal, mas a curvatura do sexo feminino era fácil de ver e facilmente reconhecível.

Da mesma forma, atrás do outro homem estava uma figura usando a mesma roupa. Essa mulher também tinha uma placa de metal elevada que cobria seu peito. Os olhos se voltaram para o outro lado e acenou com a cabeça uma vez.

Depois de confirmar que o assassinato foi bem-sucedido, ela verificou o que a rodeava. Não havia nenhum sinal de que elas foram detectadas, fazendo assim surgi uma pequeno sentimento de alívio em sua mente.

Mesmo com a luz da lanterna, que estava caída tão perfeitamente perto dos corpos, era difícil dizer a diferença a partir da torre de vigia. O único motivo de preocupação era o instante em que atacavam- a curta distância coberta com movimentos entre as sombras, 'Travessia das Sombras'. Mas essa preocupação agora era inútil e o trabalho estava feito.

Com o adaga avermelhado por beber sangue ainda presa a vitima, ela escorou o corpo que estava prestes a entrar em colapso.

Para as pessoas na torre de vigia, iria parecer como se o homem que estava patrulhando tivesse feito uma pausa para um descanço. Independentemente disso, ficar parado tão rigidamente como estavam agora ou caíssem, certamente despertaria suspeitas.

Em seguida, era necessário imediatamente começar a próxima fase. No entanto, essa não era sua função.

A mulher sentiu uma sensação em suas mãos; a sensação do corpo sem vida do homem levantando-se, como se o interior fosse apoiado por um pilar. No momento seguinte, como se confirmasse que ela não estava enganado, o corpo do homem tremeu.

Mesmo quando o corpo se movia, não havia sequer um pingo de surpresa. Tudo estava indo conforme o planejado.

A mulher soltou suas mãos e, ao mesmo tempo, lançou uma habilidade. Uma das habilidades que aprendeu com sua classe Ninja, 'Esconder-se nas Sombras' . Enquanto uma sombra existir, pode-se fundir completamente com ela e tornar a detecção a olho nu impossível.

Deixando para trás as duas que agora estavam completamente escondidos nas sombras, os homens começaram a andar para a frente, como se tivessem acabado de serem libertados de correntes. Eles estavam retornando para a sua rota de patrulha. Era como se tivessem acabado de se lembrar de sua tarefa original. Mas a velocidade da sua marcha era desajeitada e pesada. Mesmo que sua ferida não tivesse terminado de se curar, sangue fresco não fluía a partir do corte em seus pescoços, porque todo o seu sangue havia sido drenado.

Havia apenas uma razão para o porque deles ainda poderem se mover. Eles haviam se tornado zumbis e agora estavam seguindo as ordens de seu criador.

Quem os transformou não foram as mulheres.

Olhando para eles, normalmente, as únicas pessoas que aqui estavam presentes eram os dois homens. Mesmo se alguém fosse ver o passado com a capacidade de detectar ocultação, ainda não haveria mais do que quatro pessoas. No entanto, havia um quinto. Esta quinta figura invisível era a única responsável pelos zumbis.

Esse figura era invisível até mesmo para as mulheres. Mas os seus ninjutsus permitiam as duas detectarem presenças ocultas usando magias ou habilidades. Esta capacidade reagiu ao que estava diante delas.

"Os preparativos aqui estão completos."

"Perfeito."

Vozes baixas soaram e uma pequena voz falou em resposta.

"Eu sei, afinal eu estou vendo. Vou me mover para o próximo local. Eu tenho que capturar aquele com a maior autoridade aqui. "

Esta também era uma voz feminina. Mas esta tinha um tom alto que faltava maturidade e exalava o sentimento de uma criança.

"Então, o nosso lado vai começar o ataque. E os outros dois? "

"Não me diga que eles estão jogando em algum lugar, uma vez que não tiveram nenhuma chance?"

"De jeito nenhum. Eles estão se escondendo do lado de fora, perto da aldeia. O plano é para eles fazerem um ataque pela frente e por trás da aldeia se houver alguma emergência. Tudo bem então. Eu vou estar me movendo para a nossa principal prioridade. Vocês duas sigam de acordo com o plano. "

Sua companheira invisível - mesmo que seja apenas sua presença - subiu pelo ar. Ela estava se movendo através do ar usando 'Voar'.

A presença que diminuía cada vez mais a distância, logo desapareceu em direção ao prédio que ela se referiu como a principal prioridade. Era um dos poucos edifícios que existiam na vila, bem como um local chave que precisava ser protegido em primeiro lugar.

Normalmente, eles gostariam de poder priorizar um prédio diferente. Mas a razão desse lugar ser dito como sendo uma prioridade era por causa da magia  'Mensagem'.

Há muitos que falam sobre esta magia, chamando-a de não confiável. Ao mesmo tempo, existem aqueles que são indiferentes e a utilizam de qualquer maneira. O Império que está à frente até mesmo do Reino quando se trata de nutrir o crescimento de magos, aqueles que querem informações o mais rapidamente possível, e o inimigo que governa esta aldeia. Como tal, era necessário primeiro garantir o 'agente de ligação' que estará localizado naquele edifício.

Agora que sua companheira estava indo para lá, eles também teriam que ficar à espreita em seus locais designados. Todos tinham que coincidir com o momento e terminar seu ataque enquanto eles ainda não haviam sido detectados.

Os dois ninjas exalaram e correram a diante.

Movendo-se para lá e para cá na escuridão, elas seriam invisíveis para uma pessoa comum. Não, se elas usassem seus itens mágicos equipados, até mesmo aventureiros teriam dificuldade em detectá-las. Em outras palavras, não havia ninguém na aldeia que poderia ver as duas mulheres com os olhos.

Sua companheira que estava correndo ao seu lado habilmente moveu os dedos. Embora parecesse que ela estava apenas contorcendo eles, a outra que viu isso entendeu o seu significado-

—É uma sorte que eles não tenham quaisquer cães.

Ela respondeu 'concordou' com os dedos.

Era uma linguagem de sinais usada por assassinos. No seu nível de conhecimento, elas poderiam se comunicar tão rápido quanto elas poderiam falar. Embora tivessem ensinado aos seus outros aliados, lamentavelmente, o melhor que conseguiam eram frases simples ou comandos. Por outro lado, tanto a velocidade quanto seu vocabulário, estavam em um nível onde elas poderiam ter conversas diárias e que frequentemente poderiam usar para ter conversas secretas uma com a outra.

—Eu sei o que você quer dizer. Com isso torna-se mais fácil, uma vez que não serão atraídos pelo cheiro de sangue.

Se o inimigo tivesse cães, então isso não teria sido tão fácil. Embora elas tivessem preparado maneiras de neutralizá-los, nada era mais bem-vindos do que evitar esse trabalho desnecessário.

Assim que ela respondeu, os dedos de sua camarada se moveram rapidamente.

—Então eu vou indo para meu prédio alvo.

Assim que ela respondeu afirmativamente, a camarada que estava ao seu lado, separou-se dela.

Agora sozinha, ela olhava para os campos em sua visão periférica enquanto corria em alta velocidade.O que estava sendo cultivado não era nem um grão como cevada ou legumes. Era uma planta que servia de matéria-prima para a droga ilegal que mais se vendia no Reino, o 'Pó Negro'. Cercado por estes muros altos, os muitos campos na vila estavam plantados com a mesma planta. Era a prova de que esta vila era uma das bases para o crescimento destas drogas.

'Pó Negro', também chamado de Laira em Pó, era uma droga em forma de um pó escuro que poderia ser misturado e tomado com água.

Era fácil de se produzir em massa e, portanto, era vendido mais barato. Graças à alta felicidade e euforia, era a mais famoso das drogas no Reino. Não só isso, haviam muitos que acreditavam que a droga não era viciante e que não tinha efeitos colaterais, fazendo-a se espalhar por toda parte.

Ela lembrou-se dessa falsa informação e soltou uma risada.

Uma droga como essa não existe em nenhum lugar. "Eu posso parar sempre que eu quiser?" Deveria haver um limite para tal ingenuidade. Os resultados do teste com os fluidos de um viciado em 'Pó Preto' tinham mostrado que o cérebro do usuário havia encurtado cerca de oitenta por cento do tamanho médio normal do cérebro.

Feita a partir de uma planta que originalmente crescia em estado selvagem, 'Pó Preto' é uma droga poderosa. É uma maravilha como as pessoas podem acreditar que uma planta tão venenosa não seria viciante. A razão para o 'Pó Preto' que circula pela cidade ser listado como um anestésico é porque as plantas cultivadas que são usadas para fazer esses anestésicos são menos potentes.

No entanto, a droga ainda e poderosamente viciante e leva muito tempo para que ela saia completamente do corpo do usuário. Como resultado, muitas vezes ha o caso de que o viciado usa novamente a droga antes de que a anterior tenha a oportunidade de deixar seu corpo. Se os Bispos não usarem magia para forçadamente retirar a droga, o viciado acabará por chegar a uma fase em que será quase impossível largar completamente por vontade própria seu vicio.

A parte problemática da assustadora droga era que os sintomas de abstinência eram fracos. Mesmo se um viciado experimentasse uma "viagem ruim", ele não iria reagir violentamente ou causar danos aos arredores. Era por isso que os superiores do Reino não compreendiam verdadeiramente os seus perigos e ignoraram a maioria dos casos relacionados ao 'Pó Preto'. Em vez disso, eles optaram por concentrar os seus esforços em expor outras drogas. Não é à toa que o Império ainda suspeita que o Reino pode estar secretamente ajudando em sua produção.

Durante seus dias que passara a viver como uma assassina, ela tinha que usar drogas caso a situação pedisse por isso. E porque a sua organização também cultiva plantas similares, bem como, ela não tinha nenhum problema sobre o assunto. Mesmo drogas podem ser muito eficazes se usadas com cautela. Elas não eram muito diferentes de uma planta medicinal com perigosos efeitos secundários, por assim dizer.

No entanto, este era um pedido e suas opiniões pessoais não eram um problema. Só isso-

... Os pedidos que não são feitos através da 'Guild dos Aventureiros' são perigosos.

Ela franziu a testa sob a máscara. O cliente desta vez era um amigo do líder da equipe. Apesar de a recompensa ser adequada, aceitar um pedido que ignora a aliança poderia ter repercussões problemáticas no futuro. Mesmo que fossem um dos dois únicos times de aventureiros classe adamantium no Reino.

Hmm? Eram três agora?

Agora que ela mencionou isso, ela se lembrou de ter ouvir sobre uma nova equipe de classe adamantium que havia se formado— ao mesmo tempo em que tinha tais pensamentos, a mulher chegou perto do edifício que tinham o codenome de No. 2.

Seu papel era o de recolher cada pedaço de informação deste edifício. Depois, ela deveria incendiar o campo.

Embora fosse verdade que a fumaça vinda das plantas que queimassem fosse venenosa, isso tinha que ser feito para que ela pudesse completar sua missão. Dependendo do vento, pode até acabar afetando os moradores. Não havia tempo nem método para a evacuação.

Um sacrifício necessário.

Tendo dito isso a si mesma, ela jogou de lado a segurança dos moradores.

Criada como um assassina, a perda de vidas humanas quase nunca a afetou emocionalmente. Ela nem sequer piscaria, especialmente se fossem estranhos. Ela só não gostava da expressão que o líder fazia quando haviam vítimas. Mas uma vez que este plano contava com a aprovação do líder, ela não sentia nem mesmo um pingo de vontade de ir salvá-los.

E mais importante, eles teriam que usar magia de teletransporte assim que o ataque estivesse completo para que eles pudessem se deslocar para outra aldeia e repetir o trabalho. Sua cabeça estava cheia de nada, mas pensamentos sobre o plano.

Esta não era a única aldeia onde o ingrediente para a droga estava sendo cultivado. De acordo com as investigações, haviam doze plantações em grande escala no Reino. Muito provavelmente, existia muito mais que eles ainda precisavam encontrar. Caso contrário, não haveria forma de explicar a quantidade de droga que se espalhou por todas as terras do Reino.

Ervas daninhas tem que ser arrancadas assim que brotarem ... Mesmo que um monte disso seja infrutífero, é o único caminho.

Se eles encontrarem algo como ordens escritas nesta aldeia, então isso sera um golpe de sorte. Infelizmente, nunca era tão fácil. Eles só podiam esperar que o encarregado desta aldeia soubesse de alguma coisa.

O líder ficara feliz se pudermos tirar até mesmo um pequeno pedaço de informação sobre a organização.

O poderoso sindicato que cultivava a droga era nomeado "Eight Fingers", nomeados a partir dos oito dedos do 'Deus do Roubo', subordinadas do Deus da Terra. Eles eram o grupo que controlava o submundo do Reino.

Obs.: Eight Fingers seria algo como oito dedos mais ficaria fraco e estranho para uma organização como essa, então optei por deixar em inglês.

A organização criminosa era dividido em oito categorias: tráfico de escravos, assassinatos, contrabando, furto, tráfico de drogas, segurança, bancos, e jogos de azar. Seu alcance estendia-se para cada grupo criminoso no Reino e o tamanho de sua organização ou seu significado ainda era cercados de mistérios.

Por outro lado, o que era fácil de se ver era a quantidade de influência que exerciam sobre o Reino. A gigante aldeia diante dela era uma prova disso.

Eles cultivavam plantas ilegais em plena vista. Isso por si só era suficiente para acusar o nobre da terra como um cúmplice. Mas acusá-lo não iria levar a uma condenação.

Seria uma história diferente se a família real ou alguém de autoridade judicial fossem investigar o assunto. Mas, mesmo assim, seria difícil de chegar a um veredito de culpado quando envolvesse a aristocracia feudal. Os nobres destas terras iriam alegar que eles não sabiam que a planta poderia ser usada como um ingrediente para drogas. Eles poderiam até mesmo acusar os moradores de agir por vontade própria, a fim de transferir a culpa.

A denúncia pública era ineficaz e tentar conter a força de circulação da droga era quase impossível com a organização subornando os nobres com a influência sobre os canais de distribuição.

Era por isso que a única opção era usar a violência, queimando os campos como um último recurso.

Com toda a honestidade, ela acreditava que mesmo que ela queimasse as drogas aqui, não teria sequer algum problema em suas operações. Tendo o controle ate mesmo dos políticos, mostrava assim o quão poderosa era a organização.

"Uma oferta para o tempo ... Se não fizermos um ataque decisivo algum dia, então mesmo este ataque será inútil."

Parte 2

 

Estava chovendo, acompanhado de um toque ruidoso nos ouvidos.


O Reino não construiu suas estradas, com especial atenção à drenagem, especialmente quando se tratava de voltas que davam em becos. O resultado era que uma estrada inteira poderia se transformar em um grande lago.


A chuva que caia sobre a superfície do lago, salpicava sobre ele, o vento carregava o cheiro de água e o lançava no ar. Era uma das razões pela qual todo o Reino exalava uma atmosfera de ser submerso em água.


Dentro desse mundo tingido na cor cinza pelos respingos de água, havia um único garoto.


Ele estava vivendo em uma casa abandonada. Não, mesmo chamando-a de tal seria somente uma cortesia. A coluna que sustentava a casa, era de madeira e era tão espessa quanto o braço de um homem. Trapos eram usadas no lugar de um telhado e as paredes, apenas por falar, eram simplesmente trapos costurados pelos lados.


Na residência, que não havia diferença em dormir a céu aberto, estava um menino de seis anos de idade. Como o lixo que havia sido descuidadamente jogado de lado, ele estava enrolado como uma bola e deitava-se sobre um fino pano.


A madeira atuando como um pilar, os panos que serviam tanto como telhado quanto paredes, isso tudo dava a impressão de ser um base secreta que poderia ter sido construída por crianças com a sua idade.


Esta casa que não era diferente de ficar do lado de fora, tinha como único mérito ser um abrigo que fornecia proteção contra a chuva. A brusca queda na temperatura por causa da chuva interminável envolvia o menino em um frio que fazia seu corpo tremer incontrolavelmente. O calor de sua respiração, que confirmava sua existência era imediatamente roubado de sua temperatura e desaparecia no ar.

Antes que ele pudesse chegar em casa, a chuva o havia encharcado e o menino agora estava perdendo calor corporal rapidamente..

Não havia nenhuma maneira de fazer seu corpo parar de tremer.

O frio penetrando em seu corpo acalmava os hematomas que ele havia recebido de uma espancamento. Talvez esta fosse sua única e pequena felicidade neste horrível cenário.

O menino estava deitado de lado, olhando para o corredor vazio, para o mundo.

Os únicos sons que ele podia ouvir eram a chuva e o de sua própria respiração. Era um silêncio que o fazia parecer ser o único no mundo.

Embora ele fosse jovem, o menino sabia que provavelmente iria morrer.

Ele não possuía uma idade que pudesse compreender plenamente o significado da morte e, portanto, ele não sentia muito medo. Ele também não se sentia como se houvesse alguma coisa pela qual valesse a pena viver. A única razão pela qual ele se agarrou à vida até agora era porque ele não gostava de dor, quase como uma fuga.

Embora estivesse frio, se ele pudesse morrer sem sentir dor, igual esta agora, então a morte não seria tão ruim.

Enquanto seu corpo encharcado ficava dormente, sua consciência começou a enfraquecer.

Ele deveria ter encontrado um lugar que iria protegê-lo contra o vento ondulante. Mas ele havia sido espancado por um grupo de arruaceiros e seu lugar atual foi o melhor que pode conseguiu com o seu corpo ferido.

Ele tinha uma pequena felicidade. Então todo o resto era infelicidade?

Sua boca não havia tocado em alimentos já havia dois dias, mas algo como isso era normal por isso não era um infortúnio. Seus pais foram embora deixando ele sozinho, sem ninguém para cuidar dele. Mas havia sido assim por um longo tempo por isso não era infortúnio. O odor desagradável ao redor dele também não era um infortúnio. Afinal, era a partir de panos por isso não poderia ser ajudado. A vida que girava em torno de encher o estômago com comida podre e água suja também não era um infortúnio, uma vez que era tudo o que ele podia conseguir.

Em seguida, a casa vazia, onde ele estava confortável, a casa que ele trabalhara para construir, que havia sido destruída por alguém fazendo brincadeiras, seu corpo machucado e dolorido por causa do espancamento dos bêbados, isso era um infortúnio?

Não.

A infelicidade do rapaz era tanta que ele era incapaz de vê-la pelo o que ela era.

Mas mesmo isso estava acabado.

A desgraça que o menino fazia-se de ignorante acabava aqui.

A morte vem para tanto afortunados quanto desafortunados.

De fato. A morte é absoluta.

Ele fechou os olhos.

Seu corpo já não sentia mais frio, mesmo manter os olhos abertos, era uma árdua tarefa.

Ele podia ouvir o pequeno som, não confiável de seu próprio coração nas trevas. No mundo onde o único barulho que se podia ouvir era o da chuva e seu próprio coração, um estranho som estava misturado.

O ruído que parecia bloquear a chuva. Com sua consciência quase desaparecendo, a curiosidade de um criança, levou o menino a canalizar sua força em suas pálpebras.

Em sua visão estreita como uma corda, foi refletido.

O menino arregalou os olhos.

Era bonito.

Por um momento, ele não entendia para o que ele estava olhando.

'Como uma joia, um pedaço de ouro.' Tais expressões teriam sido convenientes. Mas alguém que saciava sua fome com alimentos podres em meio ao lixo não poderia pensar sobre tais palavras.

Está certo.

Houve apenas um pensamento que passou por sua mente.

O sol.

O objeto mais bonito em seu mundo e, ao mesmo tempo, o mais distante de seu alcance.

O mundo cinzento tingido por causa da chuva, as escuras nuvens de chuva que cobriam o céu. Talvez fossem os responsáveis. O sol saiu para uma viagem, porque ninguém estava lá para vê-lo e retornou, aparecendo na frente de seus olhos.

Isso era o que ele pensava.

A mão estendida acariciou seu rosto. E-

Até agora, o rapaz não era um ser humano.

Ninguém nunca o viu como tal.

Mas naquele dia, ele se tornou humano.

♦ ♦ ♦

Mês, Baixo Fogo (9° mês), Dia 3, 04:15

Localizado na zona mais profunda da capital do Reino, Re-Estize, estava o Castelo Ro-Lente. Suas paredes rodeavam uma vasta extensão de terra, medindo um total de 1.400 metros, com um anel de proteção composto por doze cilíndricas enormes torres de guarda.


O quarto era localizado dentro de um desses doze torres.


Com todas as suas luzes apagadas, uma pessoa estava deitada em uma das cama do quarto. Ele era de uma idade delicada, a fronteira entre um menino e um homem.


Seu cabelo loiro havia sido cortado curto e sua pele bronzeada exalava uma aparência saudável.


Climb.


Obs.: O nome Climb , que pode significar escalada, e o nome de um personagem, não confundam por favor. Deixei "Golden Princess" por que acho estranho colocar "Princesa de Ouro" como tradução.


Sem sobrenome, ele era o único que tinha recebido permissão para ficar tão próximo da menina chamada de "Golden Princess," um soldado que causava inveja a muitos.


Ele acorda, mesmo antes do nascer do sol.


No momento em que recuperou a consciência do mundo de escuridão, sua mente imediatamente afiou-se e suas funções corporais se recuperaram quase completamente. Dormir bem e acordar prontamente era uma das coisas que ele tinha orgulho.


Seus olhos sanpaku se abriram, revelando um olhar de ferro, como se estivesse gravado dentro deles.


Obs.: De acordo com o Google-sensei,sanpuku. É a pessoa que olhando diretamente para frente deixa aparecer o branco do olho entra a pupila e a pálpebra inferior. Segundo a medicina oriental esse detalhe reflete um grave desequilíbrio físico e mental.


Climb afastou a espessa camada que cobria seu corpo e se levantou. Mesmo no verão, as paredes de pedra em torno dele significavam que as noites ainda estavam frias.


Ele esfregou seus olhos e descobriu que seus dedos ficaram molhados.


"... Aquele sonho de novo."


Climb usou suas mangas para limpar as lágrimas em seu rosto.


Uma memória de quando ele era um menino, a chuva forte de dois dias atras deve ter sido o motivo para ele se lembrar disso.


As lágrimas não eram de tristeza.


Quantas vezes na vida de uma pessoa ele ou ela conseguira encontrar alguém que e digno de respeito? Uma pessoa que você estaria disposto a jogar sua vida fora somente por servidão ... somente quantas vezes?


A garota que Climb conheceu naquele dia era uma dessas pessoas.


Estes eram lágrimas de alegria, lágrimas agradecendo o milagre que havia sido criado a partir de seu encontro.

Climb ficou em pé, seu rosto mostrava uma forte determinação e uma jovem energia condizente com sua idade.

Sua voz, áspera do excessivo treinamento, recitou uma palavra.

"Luz."

A lâmpada pendurada no teto respondeu a palavra-chave e iluminou o interior da sala com uma luz branca. Um item mágico encantado com a "Luz Contínua '.

Apesar de serem amplamente utilizadas, a razão pela qual ele recebeu um item tão caro não era por causa de sua posição especial.

Mesmo que fosse para a luz, queimar alguma coisa em uma torre feita de pedra, com um pobre fluxo de ar, era inseguro. Era por isso que quase todos os quartos haviam sido fornecidos com uma fonte de luz mágica, apesar dos custos iniciais de desenvolvimento.

O chão e as paredes iluminadas pela luz eram feitos de pedra. Um tapete fino havia sido colocado em uma tentativa fútil de cobrir a superfície fria e dura. Além de que, os móveis no quarto incluíam uma cama de má qualidade de madeira, um armário ligeiramente maior para acomodar armas e armaduras, uma mesa com gavetas e uma fina almofada para descanço em um cadeira de madeira.

Um estranho olhar pensaria nisso como algo comun, mas para os outros que tinham a mesma classificação que Climb, era um tratamento incrivelmente invejoso.

Soldados não conseguiam aposentos privados. Eles eram colocados em uma grande sala com beliches. Excluindo-se as camas, a única mobília que os soldados recebiam, era uma caixa de madeira com um bloqueio para armazenar seus pertences pessoais.

Além disso, em um canto da sala descansava uma armadura completamente branca. A armadura impecável tinha uma aura que a fazia parecer como se estivesse brilhando. Nenhum soldado jamais seria concedido com tal equipamento.

Este tratamento especial não era algo que Climb tinha ganho com sua própria força, mas sim um sinal de graça de mestre a quem ele jurou sua vida. Como tal, seria impossível não convidar a inveja de outros.

Ele abriu o armário e se trocou enquanto olhava para o espelho preso no interior.

Tendo mudado em suas roupas usadas que cheiravam a metal, então ele vestiu uma roupa sobre o resto do seu traje. Normalmente, este seria o lugar onde ele colocaria sua armadura de placas, mas em vez disso, ele optou por um roupa com vários bolsos e terminou com um par de calças. Na sua mão estava uma vara de madeira envolto com uma toalha.

Por fim, ele olhou-se no espelho, verificando se havia alguma coisa errada, certificando-se de que seu equipamento estava bem arrumado.

Qualquer erro de Climb poderia potencialmente se tornar uma arma para ferir seu mestre, a "Golden Princess" Renner.

Era por isso que ele deveria sempre estar em alerta. Sua razão de viver não era causar-lhe danos. Era uma promessa sobre dar tudo de si por ela.

Climb fechou os olhos na frente do espelho e pensou no rosto de seu mestre.

"Golden Princess" - Renner Theiere Chardelon Ryle Vaiself.

Como uma espécie de uma deusa, uma mente benevolente e uma luz radiante condizente com seu sangue real e uma sabedoria que criou muitos tipos de políticas.


No verdadeiro sentido da palavra, um nobre entre os nobres, a melhor mulher.


Possuindo um brilho de ouro, não pode ser permitido nem um defeito a tal brilhante gema. Se alguém fosse compara-la a um anel, Renner seria semelhante à um enorme e brilhante diamante cortado. Então, o que era Climb? Ele seria os dentes que seguravam a joia. Mesmo agora, seu valor era pequeno por que ele era fraco, ele não podia permitir que isso continuasse a ficar pior.


Climb não conseguia parar o calor vindo de seu peito ao pensar em seu mestre.


Mesmo um crente devoto em sua fé seria duramente pressionado a ofuscar tais sentimentos, caso se sentisse igual a Climb agora.

Depois de olhar-se no espelho por algum tempo, Climb, tendo determinado com convicção de que ele não seria um obstáculo a seu mestre, acenou com a cabeça em satisfação e saiu do quarto.

Parte 3

Mês, Baixo Fogo (9° mês), Dia 3, 04:35

O lugar que ele havia ido era um grande salão. Um andar inteiro de uma torre tinha sido esvaziado para servir como uma área de treinamento.


Normalmente, o lugar estaria cheio, com o calor de soldados treinando. No entanto, no início do dia o lugar era deserto. O espaço vazio era tranquilo; qualquer um poderia ouvir o silêncio. Porque havia pedras em todas as direções, o som dos passos de Climb soavam alto.

O salão estava iluminado pela luz semi-permanente do fogo mágico.


Dentro, haviam armaduras montadas em estacas e bonecos de feno para agirem como alvos de arqueiros. As paredes estavam cobertas com estantes de armas preenchidas com várias armas que haviam sido deixadas ali para serem afiadas.

Normalmente, uma área de treinamento deveria ser criada ao ar livre. Mas havia uma razão pela qual foi decidido tê-la dentro de um torre.


A cidade de Ro-Lente era a casa do castelo de Valencia. Fazendo os soldados treinarem no lado fora, significaria que eles seriam vistos pelos embaixadores estrangeiros. Para evitar o risco de parecerem ser de baixa classe, numerosas áreas dentro das torres foram esvaziadas para servirem como áreas de treinamento.

Uma demonstração de soldados fortes corajosamente praticando seus exercícios, traria muitos benefícios diplomáticos, mas o Reino não via isso como tal. Mais do que tudo, havia uma tendência nas pessoas do Reino de quererem ser vistos como elegantes, esplêndidos e bem-nascidos.

Com isso dito, ainda haviam ensinamentos que eram impossíveis de serem realizar dentro do Reino. Eles teriam quer ser feitos discretamente em um canto ou em um campo fora do castelo, ainda que fosse fora da capital.

Climb entrou no salão tranquilo como se estivesse cortando o ar fresco e lentamente começou a se alongar em um canto.

Trinta minutos mais tarde, depois de uma sessão completa de alongamentos , o rosto de Climb estava avermelhado e sua testa estava encharcada de suor e sua respiração trabalhada estava carregada de calor.

Climb limpou o suor de sua testa e se aproximou da estante de armas. Verificando o aperto na espada, ele garantiu que ela se encaixava de forma segura em suas mãos. As mãos dele eram ásperas e duras por conta das inúmeras bolhas que iam e vinham.

Em seguida, ele encheu os bolsos com pedaços de metal e os a botou bem para evitar que o metal caísse.

As muitas peças de metal que enchiam as suas vestes o tornavam tão pesado que ele mais parecia estar usando uma armadura completa. Uma armadura de placas regular, sem qualquer encanto mágico, proporcionara uma excelente defesa ao custo da liberdade de movimento. Mantendo batalhas reais em mente e treinando com esse equipamento era o caminho certo a se seguir.

Mas, mesmo assim, era raro trazer uma armadura completa somente para um mero treinamento, para não mencionar a armadura branca que lhe foi dada. Era por isso que ele estava usando pedaços de metal como uma alternativa.

Climb agarrou a arma de ferro, que excedia o tamanho de uma espada larga e segurou-a acima da cabeça. Ele lentamente desceu a espada, exalando ao fazer isso. Parando pouco antes de bater no chão, ele respirou e levantou a espada para sua posição original sobre a sua cabeça. Ele olhou para o espaço a frente dele com olhos afiados, completamente absorvido em seu treinamento, com isso ele gradualmente aumentou a velocidade de seus balanços.

Ele já tinha terminado 300 balanços.

O suor escorria pelo rosto completamente avermelhado de Climb. Sua respiração estava quente, como se estivesse expelindo o calor acumulado em seu corpo.

Apesar de Climb treinar arduamente como um soldado, era difícil lidar com o peso da grande 'Greatsword'. Parar a lâmina antes que ela tocasse o solo era algo especialmente desafiador. Para tal feito era necessário uma grande dose de força.

Obs.: Se eu traduzir Greatsword como Grande Espada surgira um redundância.

Quando a contagem de seus balanços chegou a 500, seus braços começaram a ter cãibras e ele sentia-se como se seus braços estivessem gritando de dor. Suor caia de seu rosto como uma cachoeira.


Climb sabia muito bem que este era o seu limite. Apesar disso, ele não mostrou sinais de querer parar.


Contudo— 


"—Talvez isso seja o suficiente."

Ao ouvir a voz de outra pessoa, Climb rapidamente virou-se para a direção da voz e seus olhos refletiram a figura de um homem.

O chamar de corpulento seria errado. O homem era como a personificação do aço. As rugas no rosto, que lembravam rochas, faziam-o parecer mais velho do que ele realmente era. Seus músculos salientes tornavam evidente que este não era um homem comum.

Não havia nenhum soldado no Reino que não soubesse sobre ele.

"—Stronoff-Sama."

Capitão Guerreiro Gazef Stronoff, elogiado como o mais forte do Reino e inigualável, mesmo nas nações vizinhas.

"Qualquer outro balanço sera além de seu limite. Não há nenhum significado em se forçar tanto".

Climb baixou a espada e olhou para os braços trêmulos.

"Você está certo. Eu exagerei um pouco. "

Vendo o rosto sem expressão de Climb enquanto dava seus agradecimentos, Gazef encolheu os ombros.

"Se é isso que você realmente pensa, não teria como você parar com isso, quantas vezes eu já avisei? E quantas vezes você fez isso ...? "

"Peço desculpas."

Gazef encolheu os ombros mais uma vez, quando Climb abaixou a cabeça.

Esta era uma conversa que tinha sido repetida inúmeras vezes entre eles, algo como um tipo de saudação. Normalmente, este seria o lugar a onde os soldados lutariam para depois cada homem prosseguir a seu proprio treinamento. Mas hoje era diferente.

"O que acha disso, Climb . Gostaria de tentar cruzar espadas? "

Com as palavras de Gazef, a expressão vazia de Climb quase vacilou por um instante.

Ate agora, desde que eles se encontraram nesse lugar, eles nunca tinham cruzado espadas. Era uma regra não escrita.

Não havia nada a ser adquirido, mesmo que fosse para treinarem juntos. Não, não seria completamente inútil, mas os contras superavam em muito os benefícios.

Havia atualmente uma luta de poder entre a facção do Rei e uma aliança entre três das seis grandes famílias nobres. A situação era perigosa o suficiente para que hajam rumores de que a única razão pela qual o Reino não é dividido é por causa da guerra anual contra o Império.

No meio dessa luta, se o confidente pessoal do Rei, Gazef Stronoff - embora altamente improvável - perdesse uma luta, essa derrota daria a facção da nobreza um grande benefício.

Por outro lado, os nobres iriam rapidamente falar sobre a derrota de Climb e como ele era incapaz de proteger Renner. Haviam muitos que não gostavam da ideia da bela princesa, solteira confiando a um único soldado solitário a sua proteção, ainda mais um com nascimento incerto e inferior.


Ambos estavam em uma posição em que não podiam perder.


Eles não poderiam parecer fracos, mostrar um ponto fraco que pudesse ser explorado em um ataque. Os dois eram como uma única mente na medida em que ambos estavam cuidadosamente cautelosos em não ferirem seus respectivos mestres.



Por qual motivo então, ele iria quebrar a regra não escrita?

Climb olhou em torno de seus arredores.

Porque não havia mais ninguém aqui? Isso era impensável. Esta era uma morada de demônios.

Não havia fim para aqueles que os assistiam de longe ou os observam enquanto se escondiam. Mas ele não conseguia pensar em qualquer outra razão.

Incapaz de descobrir suas intenções, Climb não permitiu que sua agitação intrigante se mostrasse em seu rosto.

O homem de pé na frente de Climb era um guerreiro saudado como o mais forte do Reino. Sutilmente sentindo a breve mudança de emoção que uma pessoa comum não poderia perceber, ele falou.

"Só recentemente, ocorreu-me algo que me fez perceber o quão fraco eu sou. Eu gostaria de praticar com alguém competente. "

"Stronoff-sama?"

Gazef, o mais forte do Reino, somente que tipo de incidente poderia fazê-lo sentir-se fraco?

Climb de repente se lembrou que o número de tropas na unidade de Gazef tinha diminuído.

Climb não tem nenhum companheiro íntimo, foi por isso que ele só tinha ouvido sobre o incidente através de rumores que circulavam pelo refeitório. De acordo com a história, Gazef tinha perdido um bom número de suas tropas depois de ser envolvido em um incidente.

"Sim. Se eu não tivesse conhecido um misericordioso mago, é se ele não tivesse nos emprestado sua força, eu não estaria aqui agora-. "

Ao ouvir isso, Climb sentiu sua máscara de ferro desmoronar. Não, apenas quem poderia permanecer sem surpresa? Antes que ele percebesse, a curiosidade de Climb levou a melhor sobre ele e ele fez uma pergunta.

"Quem era o misericordioso mago?"

"... Ele chamou a si mesmo de Ainz Ooal Gown. Este é apenas um palpite, mas eu sinto que ele poderia rivalizar ate mesmo contra aquele mago monstro do Império. "

Ele nunca tinha ouvido falar desse nome.

Climb gostava de heróis e tinha um hobby de colecionar histórias de seus feitos. Ele ignorava as suas raças e ainda coletava histórias de aventureiros famosos de países vizinhos. Mas, mesmo assim, o nome que Gazef falou agora era desconhecido para ele.

Claro, havia uma possibilidade de que esse nome fosse um apelido.

"En-então- * cof!"

Climb conteve o desejo de interrogá-lo ainda mais.

Tentar perguntar a ele sobre um incidente que lhe custou seus soldados ... mesmo grosseria tem seus limites.

"Vou gravar o seu nome em meu coração. ... Mas, é realmente bom nós treinarmos? "

"Não é um treinamento, simplesmente vamos trocar golpes. O que você ganha com isso só depende de você. ... Você mesmo é um soldado de primeira linha entre as tropas do Reino. Deve beneficiar-me bem. "

Apesar de ter sido um grande elogio, para Climb, essas palavras eram simplesmente vazias.

Não era por que Climb era particularmente forte, era somente por que o padrão era baixo. As habilidades de um soldado do Reino eram apenas ligeiramente melhores do que as de um de seus cidadães comuns. Mesmo em comparação com os 'cavaleiros', soldados alistados do Império, eles eram fracos. Não havia também ninguém nos países próximos com grandes feitos militares. As tropas de Gazef eram realmente fortes, mas, mesmo assim, em comparação com Climb, caíam ligeiramente pouco. Se Climb fosse avaliar a si mesmo de acordo com os ranks de aventureiros, como o cobre, ferro, prata, ouro, platina, mithril, orichalcum e adamantium, ele seria ouro. Não fraco, mas haviam muitos acima dele.

Alguém assim poderia ser considerado útil a um homem como Gazef? Um homem, que seria, sem dúvida, colocado na classe adamantium?

Climb sacudiu tais pensamentos fracos.

O homem mais forte do reino estava se oferecendo para treiná-lo. Esse tipo de experiência não viria frequentemente. Mesmo que o resultado final fosse ele decepcionando Gazef, não haveria nenhum problema.

"Então eu peço por sua orientação."

Gazef sorriu e acenou com a cabeça ansiosamente.

Os dois se aproximaram da estante de armas e cada um pegou uma espada que se adequava a seu tamanho. Gazef escolheu uma espada bastarda, Climb um pequeno escudo e uma espada.

Climb, em seguida, tirou os pedaços de metal de seus bolsos. De frente para alguém mais forte do que ele, usar esses pedaços de metal seria um desrespeito a Gazef. Não só isso, Climb teria que lutar com tudo o que tinha para que o treinamento pudesse beneficiar seu crescimento. Seu adversário era o guerreiro mais forte do Reino. Uma pessoa tão forte assim só se pode ser enfrentada com toda a sua força. 

Agora que Climb havia terminado seus preparativos, Gazef perguntou.

"Como estão seus braços? Eles ainda estão doloridos? "

"Sim, eu estou bem agora. Eles estão um pouco cansados, mas não será um problema segurar ou mover uma espada. "

Climb flexionou ambas as mãos. Vendo que ele estava dizendo a verdade, Gazef mais uma vez concordou.

"Entendo. ... Isso é uma vergonha de seu próprio modo. Alguém raramente ira estar em perfeitas condições em um campo de batalha. Se seu aperto a espada enfraquece, você então deve lutar de maneira a compensar isso. Você já treinou com essas condições? "

"Hm, Não, eu nunca fiz isso. Então eu vou reduzir meus balanços e ... "

"Ah, não. Não há necessidade de ir tão longe. Mas já que você é responsável pela segurança da princesa, seria bom se você aprendesse a lutar em situações onde portar uma espada é proibido. Talvez também sera bom se você se torna versátil em lidar com armas de várias tipos diferentes. "

"Sim!"

"... Espada, escudo, lança, machado, adaga, luvas, arco, clava, e armas de arremesso. É um treinamento para os nove tipos de armas que servem como base para a luta armada, no entanto ... Se você se esforça muito, tudo ira por aguá abaixo. Seria melhor para você reduzir o treino inicial a duas ou três armas e começar a aprender a partir daí. Hmm. Parece que eu disse algo desnecessário ".

"Nem um pouco, Stronoff-sama. Muito obrigado!"

Gazef usava um sorriso amargo e respondeu com um aceno de mão.

"Se você está pronto, então vamos começar. Primeiro, tente me atacar de sua atual posição. Logo ... sim, eu não vou ser capaz de treinar com você, mas eu posso te ensinar algumas táticas usando as nove armas. "

"Sim! Então, eu vou estar a seus cuidados ".

"Venha, mas eu não tenho nenhuma intenção de tratar isso como um treinamento. Considere que isso seja uma luta real e ataque. "

Climb lentamente abaixou sua espada e virou o lado esquerdo de seu corpo, coberto pelo escudo, ele correu em direção a Gazef. Seu olhar era afiado e seus sentidos já sabiam que este não era um treinamento. Da mesma forma, Gazef exalava uma presença que o havia alertado sobre esta ser uma luta de verdade.

Os dois olhavam um para o outro, mas Climb não poderia fazer o primeiro movimento.

Mesmo que ao remover os pedaços de metal tornasse mais fácil para Climb mover-se, ele não achava que poderia bater em Gazef. Em ambos força e experiência, Gazef era esmagadoramente superior a ele.

Simplesmente chegando perto faria com que Climb fosse imediatamente recebido com um contra-ataque. Seu adversário era um mestre que estava ligas acima dele, o que não poderia ser ajudado. Mas se isso fosse uma luta de verdade, ele poderia simplesmente rolar e morrer por causa de algo assim?

Então, o que ele poderia fazer?

Ele tinha que lutar contra Gazef com um fator que ele possuísse.

Corpo, experiência e mente, Climb perdia em tudo o que era necessário para um guerreiro. A única diferença era somente seu equipamento.

Gazef empunhava uma espada bastarda. Por outro lado, Climb tinha uma espada e um escudo pequeno. Se fossem armas mágicas, então seria diferente, mas as armas que eram usadas para treinamento, não possuíam diferenças.

Gazef só tinha uma arma enquanto Climb possuía duas, uma vez que um escudo também pode ser usado como uma arma. Isso também significava que ele tinha mais maneiras de atacar ao custo de dividir sua força.

Bloquear o primeiro ataque com o escudo e cortar com a espada. Bloquear com a espada e atacar com o escudo.

Tendo decidido sobre sua estratégia ser contra-ataques, Climb focou em observar os movimentos de Gazef.

Depois que alguns segundos se passarem, Gazef mostrou um sorriso.

"Você não vem? Então eu vou atacar direitamente— agora. "

Com sua absoluta atitude calma, Gazef preparou sua postura. Quadris levemente abaixados, a força começou a aumentar em seu corpo, igual a uma mola. Climb, como esperado; ele reuniu a força de seu corpo para que ele pudesse bloquear a lâmina, não importando quando ela vinhe-se.

Gazef moveu-se rapidamente e desceu sua espada, enquanto mirava o escudo.

—Rápido!

Climb deu a noção de mover seu escudo para desviar o golpe. Ele concentrou toda a sua mente e corpo na defesa, apenas para bloquear o ataque.

No momento seguinte— seu escudo foi acertado por um enorme impacto.

O nível de força era suficiente para fazê-lo pensar que o escudo tinha se quebrado. Era um ataque poderoso o suficiente para paralisar a mão que segurava o escudo. Suportar tal impacto exigiria a força de todo o seu corpo.

Desviá-lo?! Como você consegue acerta o momento para algo como isso?! Apenas o choque é suficiente para ...

Os pensamentos ingênuos de Climb o deixaram vulnerável; ele sentiu outro impacto em seu abdômen.

"Gah!"

Seu corpo voou para trás, suas costas colidiram com o duro chão de pedra, expulsando assim o ar de seus pulmões. Um rápido olhar sobre Gazef deixava claro sobre o que tinha acontecido.

Agora mesmo, ele estava abaixando a perna que havia sido usada para dar um poderoso chute em Climb.

"... Mesmo que seja a única arma em minhas mãos, é perigoso se concentrar apenas na espada. Como agora, você poderia ter sido atingido por um chute. Eu mirei em seu abdômen apenas agora, mas normalmente, o foco seria onde a armadura é mais leve. Eu poderia quebrar seus joelhos ... mesmo se você estivesse usando uma almofada sobre sua virilha ( famoso ovo ), se você não estiver com sorte, botas blindadas iram esmagá-los. Observe todo o corpo de seu oponente e note cada movimento ".

"…Sim."

Climb suportou a dor incômoda de seu abdômen e lentamente se levantou.

A mais forte força física do Reino era a de Gazef Stronoff, realmente era algo formidável. Se ele tivesse chutado a sério, então ele não teria problemas em quebrar suas costelas através de seu corsolete e torná-lo incapaz de lutar. A razão pela qual este não foi o caso aqui, era por que Gazef havia se segurado e meramente tocado o abdômen de Climb com seu pé e o empurrou com a intenção de derrubá-lo.

Era realmente um treinamento instrucional, mesmo depois de ele falar aquilo... obrigado.

Percebendo que o mais forte do Reino estava treinando com ele, Climb estava grato com ele e retomou sua postura.

Ele tinha que ter cuidado para este momento precioso não terminar abruptamente.

Climb mais uma vez levantou seu escudo e lentamente começou a andar ao redor de Gazef. Gazef sem palavras olhava para Climb enquanto ele se aproximava. Se isso continuasse assim, seria apenas uma repetição do que acabou de aconteceu. Climb tinha que elaborar um novo plano enquanto se aproximava.

Gazef esperou, exalando uma calma esmagadora. Não havia nenhuma maneira de fazê-lo lutar a sério.

Seria arrogante até mesmo sentir raiva.

O limite de Climb já era visível. Apesar de acordar cedo todo dia para treinar esgrima, seu progresso era mais lento do que um caracol. Em comparação com quando ele começou a treinar, estava muito lento.

Daqui para frente, mesmo que ele pudesse treinar seu corpo e aumentasse a velocidade e o peso de sua espada, habilidades como "artes marciais" estariam fora de seu alcance.

Se alguém como Climb, se sentisse irritado com o fato de que o homem que é a incorporação do talento não luta a sério com ele, isso então seria algo desrespeitoso. Ele, que era incapaz de tirar toda a força deste homem, só poderia culpar sua própria falta de habilidade.

Suas palavras de antes, que lhe disseram para não tratar isso como treinamento e atacasse a sério, eram um aviso. Isso significava "ataque com a intenção de matar ou você não terá sequer uma chance." Um aviso que vinha de um homem que estava em um lugar muito acima do dele.

Climb cerrou os dentes.

Ele odiava sua própria fraqueza. Se ao menos ele fosse mais forte, então ele poderia ser mais útil. Ele poderia tornar-se sua arma e lutar diretamente contra aqueles que sujam o Reino e prejudicam o seu povo.

O fato de que sua única espada era tão fraca, ao ponto de que ela deveria ter cuidado para quem a apontava, enchia Climb de culpa.

No entanto, ele imediatamente pois de lado tais pensamentos. O que ele tinha que fazer agora era não se perder em negatividade. Era para jogar tudo o que tinha contra o homem que estava no mundo dos fortes, para que ele mesmo pudesse crescer mais forte, não importando o quão pequeno fosse esse crescimento.

Apenas um pensamento enchia seu coração.

Para ser de ajuda, a princesa que— 

Oh?

Gazef soltou um suspiro e mudou um pouco sua expressão.

Era porque o rosto de quem estava diante dele, que era tanto um menino quanto um homem, tinha mudado. Se fosse para ele comparar, até agora, ele era como uma criança que havia conhecido uma celebridade e não conseguia conter sua emoção. Essa inquietação desapareceu após o chute e agora foi substituída pelo rosto de um guerreiro.

Gazef aumento o nível de alerta em um level.

Mais ainda depois de Climb se entender com sigo mesmo, Gazef possuía uma alta opinião sobre ele. Em particular por sua obstinada mente, sua busca avarenta por força, sua lealdade que beirava a um fervor religioso, e sua espada.

A esgrima de Climb não era algo, ao qual ele foi ensinado. Ele a obteve por esgueirar-se e espreitar os outros enquanto estavam no meio de seus treinamentos. Era feia e cheia de movimentos excessivos. Mas ao contrário daqueles que treinavam sem pensar, cada movimento de sua lâmina era meticulosamente pensado e desenvolvido para uso prático. Para colocá-lo de forma bruta, tornou-se uma lâmina para matar.

Gazef pensava que isso era muito esplêndido.

A espada era em última análise, uma ferramenta para assassinato. Alguém que havia sido treinado casualmente não seria capaz de exibir a sua eficácia em uma luta de verdade. Não seria capaz de proteger aqueles que devem ser protegidos. E não seria capaz de salvar aqueles que devem ser salvos.

Mas Climb era diferente. Ele irá corta seu inimigo e proteger o que e importante para ele.

Contudo— 

"—Mesmo se você tiver determinação, a diferença de habilidade entre você e seu adversário ainda é grande. Agora, o que você ira fazer? "

Claramente, Climb não tinha talento. Mesmo que ele trabalhasse mais do que qualquer um— não importa o quão duro ele force seu corpo, sem talento, ele não seria capaz de se tornar forte. Ele não seria capaz de atingir homens como Gazef ou Brain Unglaus.

Mesmo se Climb quisesse ser mais forte do que qualquer outra pessoa, isso só poderia acontecer em sonhos ou fantasias.

Então por que ele estava dando a Climb um treinamento? Não seria mais útil para Gazef passar o tempo com alguém com mais talento?

A resposta era simples. Gazef simplesmente não podia ficar parado e assistir Climb interminavelmente repetir seu inútil esforço. Se talento era a parede que decidia os limites dos seres humanos, ele sentia pena do menino e seu interminável avanço, sem sentido, contra esta parede.

Era por isso que ele queria ensinar-lhe um método diferente.

Ele acreditava que, embora houvesse um limite para talento, não haveria limites para a experiência.

E por causa da raiva que sentia na lamentável figura de seu, outrora, maior rival.

Mas, mesmo assim, tentar obter satisfação de outros lugares ... Eu devo a Climb um pedido de desculpas .... Mas me enfrentar deve ser útil para esse garoto também.

"- Ataque-me, Climb."

Das palavras que ele falou para si mesmo, um poderoso grito veio como resposta.

"Sim!"

Climb começou a corre assim que respondeu

Gazef, com uma expressão séria que era diferente de antes, lentamente, levantou a espada por cima do ombro.

Era uma posição para um ataque vertical acima da cintura.

Bloqueá-lo com o escudo irá restringir completamente seus próprios movimentos, e bloqueá-lo com a espada faria Climb sofre um contra-ataque. Era um ataque que tornava o ato de defesa algo sem sentido.O bloqueio era algo tolo. Mas a espada de Climb era mais curta do que a espada bastarda de Gazef.

A única opção era correr em linha reta. Sabendo disso, Gazef estava esperando para contra-atacar.

Era o mesmo que saltar dentro da boca de um tigre- mas sua hesitação durou apenas um instante.

Climb lançou-se na areá de ataque da espada de Gazef.

Como se ele estivesse esperando por esse momento, a espada de Gazef moveu para baixo e acertou no escudo de Climb. O tremendo impacto foi ainda mais forte do o anterior. Climb torcia o rosto em dor pela dor que vinha de seu braço.

"Uma pena. O mesmo resultado de antes."

Com um ligeiro toque de decepção, o pé de Gazef alcançou o abdômen de Climb e—

“「 Fortaleza 」! ” ( Fortress)

Com o grito de Climb, Gazef ganhou uma pequena expressão de surpresa.

A ativação da "arte marcial", 'Fortaleza' não se limitava a apenas espadas ou escudos. Era possível utilizá-la em qualquer parte do corpo. A razão para alguém normalmente iria ativá-la quando fosse bloquear com suas armas era simplesmente porque era muito difícil encontrar o timing correto para usa-la. Usá-la em armaduras traria o risco de receber o ataque de seu adversário sem qualquer defesa. Reservando a habilidade para bloquear com a espada ou escudo era simplesmente senso comum.

No entanto, o problema seria resolvido se fosse possível prever o próximo movimento de seu adversário, como Climb fez com chute de Gazef.

"Você estava esperando por isso ?!"

"Sim!"

O poder por trás do chute de Gazef desapareceu como se tivesse sido absorvido por algo macio. Não era possível canalizar força em sua perna estendida, Gazef desistiu da tentativa e tentou trazer o pé de volta para o chão. Pegando-o em posição de desvantagem, Climb atacou.

"「 Corte 」!" ( Slash )

A arte marcial, alto corte.

" Apenas uma, ter uma única habilidade que você possa usar com confiança. "

Tomando as palavras que ele ouviu, de um certo guerreiro, como suas, este era o ataque que o Climb, sem talento, havia praticado dia após dia.

O corpo de Climb não era envolvido por uma armadura de músculos. Desde o início, sua constituição nunca foi boa, para esse tipo de figura. Além disso, mesmo se ele tivesse músculos, ele não poderia manter sua agilidade.

Devido a isso, seu corpo foi forjado em uma única especialização através da repetição sem fim.

O resultado foi um corte reto, vertical, um ataque de alta velocidade que se limita no reino do absurdo. Como um flash de luz, este era um corte que parecia chamar um vendaval.

Este ataque vinha de baixo para cima até a cabeça de Gazef.

Na mente de Climb, o pensamento de que este golpe poderia resultar em uma lesão fatal tinha desaparecido completamente. Era uma técnica que só era possível devido à confiança inabalável de que o homem chamado Gazef não morreria com algo deste nível.

Com o som estrondoso de metal, a espada bastarda foi levantado para defender o ataque da espada..

Tudo até agora era de se esperar.

Climb usou toda a força de seu corpo em uma tentativa de quebrar o equilíbrio da Gazef.

No entanto— o corpo de Gazef não se moveu.

Mesmo na incômoda posição de pé sobre uma unica perna, ele facilmente segurou o ataque que tinha toda a força de Climb por trás dele. Ele era como uma gigante árvore com grossas raízes ramificadas na terra.

Seu ataque mais forte com tudo o que tinha, combinado com duas artes marciais, e Climb ainda não conseguia se igualar a Gazef em pé sobre uma unica perna. Apesar de sua surpresa, os olhos de Climb moveram se para o seu próprio abdômen.

O fato de que ele havia derrubado sua espada fez com que sua distância fosse encurtada. Também significava que Gazef poderia voltar a chutá-lo no estômago.

O chute desembarcou no corpo de Climb assim que ele saltou para trás.

Havia uma pequena, dor incomoda. Os dois ficaram cara a cara com poucos passos de distância que os separavam.

Gazef relaxou um pouco os olhos e aliviou seus lábios.

Embora ele sorrisse, não era algo desagradável, mas sim refrescante. Fez Climb se sentir um pouco envergonhado. Para ele, parecia o sorriso de um pai vendo o crescimento de seu filho.

"Isso foi esplêndido. Então eu vou ser um pouco mais sério. "

A expressão de Gazef foi alterada.

Climb sentiu arrepios por todo o corpo. O mais forte do Reino finalmente se mostrara.

"Eu tenho uma poção comigo por isso não há necessidade de se preocupar. Ela pode curar fraturas. "

"…Obrigado."

A maneira reservada de Gazef insinuava que ele estava preparado para quebrar ossos, fazendo assim, o coração de Climb bater rapidamente em seu peito . Ele estava acostumado a lesões, mas isso não significava que ele gostava delas.

Gazef fechou a distancia entre ele e Climb, com o dobro da velocidade de Climb.

A espada bastarda desenhou um arco que era baixo o suficiente para derrapar no chão e corta as pernas de Climb. Com sua velocidade, cheia de força de rotação, Climb rapidamente esfaqueou a espada no chão em uma tentativa de proteger suas pernas.

Os dois lados colidiram, ou pelo menos, era isso o que Climb acreditava. Nesse instante— a espada de Gazef mudou de rumo e seguiu até a borda da espada.

"Kuh!"

Climb inclinou o corpo para trás e o golpe crescente passou a polegadas de seu rosto. O vento a partir do corte levantou alguns fios de seu cabelo enquanto a espada passava.

Temeroso com o fato de que Gazef o tinha encurralado tão rapidamente, Climb viu em sua visão de que a espada bastarda tinha parado e agora rapidamente voltava.

Antes que ele pudesse sequer pensar, seu instinto de sobrevivência forçou Climb a se jogar para a frente com o seu pequeno escudo. A espada bastarda quebrou o escudo e um barulhento som metálico pode ser ouvido.

E—

"-Ugh!"

Climb sentiu um dor intensa quando ele foi jogado para o lado. O impacto de quando seu corpo caiu violentamente no chão forçou sua espada a cair de sua mão.

A espada bastarda que havia colidido com o pequeno escudo tinha se movido para cima e dado um duro golpe no flanco de Climb.

"É o fluxo, não e simplesmente atacar e defender. Você deve se mover de modo que cada ação possa influenciar em seu próximo ataque. Sua defesa deve servir como uma parte do seu próximo ataque ".

Gazef falou a Climb com um tom de voz suave fazendo-o pegar sua espada e tentar levantar-se, segurando seu ferimento.

"Eu controlei minha força para que o ataque não quebrasse nada. Você deve ser capaz de continuar .... O que ira fazer?"

Gazef, que nem parecia cansado, e Climb, tenso e cheio de dor.

Esta feia visão de não ser capaz até mesmo de levar alguns golpes, ele estava apenas desperdiçando o tempo de Gazef. Mas mesmo assim, Climb queria ser mais forte, não importando o quão pouco fosse esse crescimento.

Erguendo a espada, ele acenou para Gazef e retornou a sua posição.

"Muito bem, vamos continuar."

"Sim!"

Com um grito rouco Climb, avançou..

Batendo, sendo arremessado as vezes, e às vezes até mesmo recorrendo a socos e pontapés, Climb caiu no chão com a respiração ofegante. O frio do chão parecia agradável enquanto ele absorvia o calor de seu corpo através de seu corsolete.

"Hah, hah, hah ..."

Ele nem sequer tentou enxugar o suor. Não, ele nem sequer tinha energia para fazer isso.

Suportando a dor, Climb, incapaz de resistir à fadiga crescente por todo o seu corpo, fechou ligeiramente os olhos.

"Bom trabalho. Eu tentei não quebrar ou rachar nada, mas como você esta ? "

"......"

Esparramado no chão, Climb moveu as mãos e tocou as partes de seu corpo que ainda lhe causavam dor.

"Eu não acho que exista qualquer problema. Doloroso, mas são apenas contusões. "

A dor vibrante era leve; não seria um obstáculo para a segurança da princesa.

"É mesmo ... Então não vamos precisar da poção."

"Sim. Afinal de contas, o uso descuidado iria anular os efeitos do treinamento muscular. "

"De fato. Os músculos devem ser deixados para se curarem naturalmente, se usarmos magia de cura os músculos serão restaurados a seus estados originais, anulando assim os efeitos do treinamento. Eu suponho que você terá de voltar a seus deveres como guarda de princesa '? "

"Sim."

"Então a leve com você. Use-a se alguma coisa acontecer. "

Com um tilintar, a garrafa de poção foi colocada ao lado de Climb.

"Obrigado."

Ele levantou-se e olhou para Gazef, para o homem em que sua espada não pode tocar sequer uma vez.

O homem sem um arranhão olhou para ele estranhamente, e falou.

"O que foi?"

"Nada ... Eu apenas pensei que você é incrível."

Sua respiração era constante, com quase nenhum vestígios de suor na testa. Climb solto um suspiro; ele percebeu que esta era a diferença entre eles, que estava no chão, e o mais forte do Reino em pé. Por outro lado, Gazef usava um sorriso amargo.

"…Entendo."

"Como—"

"—Mesmo se você me perguntar como eu sou tão forte, não tenho resposta para lhe dar. É simplesmente talento. Eu aprendi a lutar durante os meus dias como um mercenário. Esses chutes que os nobres chamam de vulgar, eu os aprendi durante esses tempos também. "

Não há nenhum truque para ganhar força, Gazef declarou. A esperança de que ao adotar o mesmo tipo de treinamento, em certa medida, iria ajudá-lo a ficar mais forte foi facilmente frustrado.

"Climb, você tem potencial nesse sentido. Socos e chutes, usando seus punhos para lutar."

"É isso mesmo?"

"De fato. Na verdade foi algo bom para você não ter sido treinado como um espadachim ou um soldado. Quando alguém segura uma espada, eles tendem a se concentrar na luta apenas usando essa arma. Eu acredito que isso seja errado. Mudar a nossa visão da espada e vê-la como apenas uma outra maneira de atacar ao mesmo tempo em que incorporar os punhos e pernas, isso não seria mais eficaz em uma batalha real? Bem ... a minha espada é mais adequado para os aventureiros."

O comum rosto branco de Climb tinha desaparecido e sido substituído por um sorriso. Ele não esperava que o mais forte no Reino fosse elogiar tanto suas habilidades; seus movimentos pouco ortodoxos e habilidades desprovidas de estrutura.

A espada que os nobres ridicularizavam por trás de suas costas estava sendo elogiada. Sua alegria era imensa.

"Bem, então, vou me despedir. Eu não deve me atrasar para refeição matimal do Rei. você vai voltar a seu posto gora? "

"Não. É suposto ter um convidado hoje. "

"Um convidado? Um nobre, talvez? "

Como Gazef achou estranho que a princesa estaria recebendo um convidado, Climb respondeu.

"Sim. Aindra-sama vai vim visita-la. "

"Aindra? ... Ah! Mas de que Aindra você está se referindo? A da Blue Rose, certo? Não o da Red Drop?"

Obs.: Blue Rose e Red Drop são dois grupos de aventureiros que serão falados ao longo da desse volume, deixarei em inglês por dar mais entonação do que "Rosa Azul" ou "Gota Vermelha". O Blue Rose e explicado no anime pra quem assistiu.

"Sim. A da Blue Rose."

O alívio no rosto de Gazef era óbvio à primeira vista.

"Entendo ... Então e isso. Se um amigo está de visita ..."

Gazef deve ter adivinhado a razão de o por que Climb não fora convidado para o pequeno almoço, isso era porque um amigo estava vindo. Na verdade, Climb foi o único que recusou a oferta. Mesmo que ele estivesse em uma posição em que recusar a família real fosse permitido, ate mesmo Gazef levantou as sobrancelhas com a notícia. Era por isso que Climb permanecia em silêncio sobre o assunto e o deixou à imaginação de Gazef.

Mesmo que Aindra, estivesse familiarizada com Climb por causa de Renner, e tivesse solicitado que ele se juntasse a elas. Ela não iria partilhar da mesma reação de recusa que os outros nobres possuem, mesmo que Climb fosse se juntar a sua refeição.

Esta recusa era a sua consideração com seu mestre, que tinha poucos amigos do sexo feminino. A princesa quase não tinha nenhuma oportunidade de se envolver em conversas de princesas e Climb sentia que sua ausência seria para o melhor.

"Obrigado por sua orientação de hoje, Gazef-sama."

"De nada, nao se incomode. Eu gostei um pouco."

"... Se não for demais, eu poderia pedir-lhe para supervisionar meu treinamento na próxima vez também?"

Gazef parou brevemente— antes de Climb poder se desculpar, ele falou.

"Eu não vejo nenhum problema com isso se for somente nós enquanto os outros estão ausentes."

Climb não abriu a sua boca, ele entendeu claramente a razão para a hesitação desse homem. Em seguida, ele forçou seu quebrado corpo a se manter de pé, a fim de mostrar a sua sinceridade.

"Muito obrigado!"

Gazef lentamente acenou com a mão e se virou.

"Vou deixar a limpeza para você. Vai ser preocupante se eu perder a refeição. ... Ah, certo. Esse corte vertical não foi ruim, mas você deve manter seu próximo passo em mente. Pense no que vai acontecer a seguir se seus oponente bloquearem ou evitarem seu ataque."

"Sim!"

Parte 4

Mês, Baixo Fogo (9° mês), Dia 3, 06:22

Tendo se separado de Gazef, Climb enxugou seu suor com uma toalha molhada e foi para um lugar que era completamente diferente do salão principal.


O lugar em que estava atualmente era tão grande quanto a sala em que se encontrava anteriormente. Ele estava preenchido com várias pessoas envolvidas em conversas. Um delicioso aroma havia se misturado com a atmosfera quente, estimulando assim o apetite das pessoas.


Era o refeitório.


Climb entrou atravessando a agitação dos ruídos e ficou atrás de uma fila de pessoas. Como a pessoa à sua frente, ele agarrou uma das bandejas que estava empilhado. Em sua bandeja, colocou uma placa de madeira, uma tigela de sopa de madeira, e um copo de madeira.

Ele foi servido com sua refeição de forma ordenada.

Uma grande batata cozida no vapor, pão de cevada, guisado branco com pequenos pedaços de carne e legumes, Repolho conservado em vinagre, e uma única salsicha. Do ponto de vista de Climb, era um refeição bastante luxuosa.

Quando terminou de ser servido com comida em sua bandeja, Climb inspirou um magnifico aroma e sentiu que isso estimulava seu estômago. Ele começou a olhar ao redor do refeitório.

Os barulhentos soldados comiam suas refeições enquanto se envolviam em conversas superficiais como o seu próximo dia de folga, alimentos, a família e suas trívias funções para hoje.

Climb encontrou um lugar vazio e fez seu caminho através da agitação dos ruídos.

Sentou-se num espaço de um ampla banco. Os soldados estavam sentados em cada um dos lados do banco, falando alegremente entre seus amigos. Eles mal deram um olhar de desinteressados a Climb antes de se virarem para retomar suas conversas.

O única silêncio que se podia encontrar estava perto de Climb.

Se uma pessoa de fora olhasse para essa atmosfera, acharia que algo estava estranho.

Apesar de haver conversas alegres nos arredores, nem uma única pessoa tentou puxar uma conversa com Climb. Naturalmente, as pessoas normalmente não sairiam de seu conforto para falar com estranhos. Mas eles eram companheiros soldados que por vezes iriam confiar uns nos outros com as suas vidas. Com certeza, tal atmosfera era bastante estranha.

Era como se a pessoa nomeada Climb nem sequer existisse.

Climb não fazia nenhum esforço para falar com outras pessoas, a razão é que ele claramente entendia a sua própria posição.

Os que guardavam o castelo não eram meros soldados. Um "soldado" do Reino referia-se a uma milícia armada por nobres que possuíam território. Ela incluía homens alistados cujos salários eram pagos pelo governador e aqueles que serviam como guardas da cidade. O que todos as milícias tinham em comum era que elas eram constituídas por pessoas comuns.

No entanto, havia muitos problemas com permitir que qualquer pessoa tivesse a tarefa de proteger o palácio, o centro de importantes notícias e informações, e colocá-los tão perto da família real.

Era por isso que uma recomendação de um nobre era necessária para alguém se tornar um guarda do palácio. Se um guarda causasse problemas, o nobre que o recomendou seria responsabilizado. Com isso, apenas aqueles com uma ficha limpa e uma mente e corpo sadios ganhavam uma recomendação.

No entanto, isso causou a formação de facções.

Dependendo de qual facção um nobre patrocinador pertence-se, aquele soldado acabava que por ser atraído a esse grupo também. Um soldado que se recusasse a isso, nem sequer iria receber uma recomendação, em primeiro lugar. Era justo dizer que não havia exceções, de nenhuma forma, a esta regra.

Pode parecer que estaria cheio de falhas, mas pelo contrário, ser envolvido em uma luta pelo poder significava que soldados treinavam suas habilidades de forma diligente. Apesar de sua força ser mais fraca que a dos cavaleiros do Império, os soldados que guardavam o palácio ainda possuíam consideráveis habilidade.

A força de Climb era vários níveis acima da deles, mas isso também era uma das razões pelas quais os nobres estavam contra ele. Os nobres não podiam suportar o fato de que Climb era mais forte do que os soldados que eles haviam recomendado.

Claro, há também casos onde nobres que patrocinam soldados não se juntam a nenhuma facção. No entanto, com a atual luta pelo poder no Reino, entre a facção da realeza e a facção da nobreza, havia apenas um único nobre que poderia ir e vir entre eles como um morcego.

E entre os soldados, existia apenas um homem que não havia se alistado através da recomendação de um nobre.

Essa pessoa era Climb.

Normalmente, alguém como Climb não seria capaz de servir Renner ao seu lado. Proteger a família real, era um dever de tão grande importância que não poderia ser exercido por uma pessoa de nascimento incerto. Era de conhecimento geral que apenas aqueles da nobreza poderiam proteger a realeza.

Independentemente disso, havia excepções a este caso, como os guerreiros de elite do Reino, bem como o seu soldado mais forte, Gazef Stronoff. E se a Princesa Renner deseja-se fortemente, haviam poucos que poderiam se opor abertamente a ela. Mesmo se os membros da família real pudessem falar contra ela, apenas quem iria interferir quando ela tivesse a aprovação do Rei?

Climb sendo concedido com seus próprios aposentos privados poderia ser chamado de um resultado de circunstâncias muito complicadas. Um simples soldado não iria nem mesmo sonhar em ter seu próprio quarto e iria ter que passar o resto de sua vida diária em uma larga área. Embora Renner tivesse ordenado isso, a outra razão para Climb ter ganho seu próprio quarto era para isolá-lo. Não pertencendo a qualquer facção, fazia sua existência ser algo problemático.

Considerando-se as circunstâncias de Climb, era óbvio que ele pertencia à facção da realeza. Mas essa facção era composta por nobres que comprometeram a sua lealdade ao rei. Do ponto de vista deles, Climb, sem nem uma associação, era uma monstruosidade.

Como resultado, a facção da realeza via Climb como o mais problemático para se recrutar, mas se for deixado sozinho iria trabalhar para a eles, por sua própria vontade. A facção da nobreza via méritos em coloca-lo ao seu lado, mas ao mesmo tempo, reconhecia seus perigos.

Mesmo que eles sejam chamados de facção, isso não significa que todos nobres que estão no grupo tenham o mesmo objetivo. Não importa o que, uma facção e criada a fim de promover uma meta ou maneira de pensar. Se a facção da realeza tiver uma pessoa que não ache Cimb bem vindo — um plebeu com um passado incerto que esta sempre próximo da bela princesa chamada de "Golden Princess" — então era seguro dizer que a facção da nobreza possuía alguém que queria ir para o outro lado.

Independentemente disso, atualmente não havia ninguém em nenhum dos grupos tolo o suficiente para se aproximar de Climb e sair de sua própria facção.

O resultado foi que as duas facções concluíram que cada uma delas não queria entregar Climb para o lado oposto, mas, ao mesmo tempo, também não queriam ele em suas facções.

Era por isso que ele não falava com ninguém e comia sozinho.

Simplesmente movendo a colher sem falar com os outros, como em um piscar de olhos, o seu café da manhã nem sequer levava dez minutos para ser terminado.

"Eu deveria ir."

Um hábito possivelmente formado a partir de ficar sozinho com tanta frequência, Climb murmurou para si mesmo com satisfação. Quando ele estava levantando-se, um soldado passando esbarrou nele.

O cotovelo do soldado tocou a ferida do treinamento de Gazef, fazendo Climb, com sua expressão ainda em branco, parar seus pés.

O soldado continuou a andar sem dizer nenhuma palavra. Sem sentido, também será dizer que os soldados ao redor dele não disseram nada. Os poucos que viram o incidente franzinaram a testa, mas não falaram nada.

Com um longo suspiro, Climb agarrou o prato vazio e seguiu em frente.

Este tipo de incidente era uma ocorrência diária. Ele mesmo sentia que isso era sorte quando algo como isso não acontecia enquanto ele segurava um prato de guisado quente.

Colocando um pê no caminho para derrubá-lo ou batendo nele de propósito e fingindo ser um acidente, tais comportamentos eram bastante comuns. Contudo—

—E daí.

Climb calmamente andou para a frente. Essas pessoas não poderiam fazer algo pior, especialmente se ele estivesse em um lugar com tantos olhos como o refeitório.

Climb endireitou seu peito, seus olhos apontados para a frente; ele absolutamente não iria olhar para baixo.

Se ele parecesse sem graça, seria um desrespeito contra seu mestre, Renner. A reputação da mulher a quem ele prometeu sua lealdade absoluta estava em jogo.

Obrigado por lerem !

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Tradução : Babysh098

Revisão : Babysh098